Palavras são como pétalas de flor na boca de uns,
lavas de um vulcão em furor nas mãos do lapuz.
Palavras são esquecidas por aquele que maltrata,
e eternamente vividas pelo que recebe a chibata.
Palavra não tem polaridade.
Pode ser bem ou mal usada
independente da idade.
Há os que a têm em sua boca,
Mas não a mantém em seu coração.
Palavras dão vida e matam
àqueles que as acatam
seja por vontade ou coação,
liberdade ou submissão.
Palavra é fogo que gera luz
e loucura da indignação que produz.
Palavra é o jardim florido que fala por si mesmo
e também o canhão que explode a esmo
deixando deserto os escombros da vida.
Palavra amadurece, enlouquece, salva e seduz...
A palavra tem muitas funções.
Depende mesmo é do sentimento
que há em nossos corações.
E este é o único elemento
que a palavra não inventa.
Ela pode ser usada em qualquer situação,
e até mesmo o seu silêncio, tem definição.
A palavra carrega o cheiro do ódio,
e espalha pelo ar o perfume da imensidão.
Eu não tenho palavras
para expressar minha felicidade,
nem tão pouco para conceituar a maldade,
seja como doença ou característica de personalidade.
Um Homem que não tem palavra
é um nada perdido na vida.
O Homem que emudece de palavra
deixa se esvair no vento
o sentimento de profunda acolhida.
Palavra é arma que faz nascer ou morrer,
e quem não conhece seu verdadeiro poder
não visualiza seu darma.
Há os que usam a palavra
como exercício de auto-sugestão.
Ato de pura ilusão
de quem no fundo é meramente
um Homem sem-palavra,
pois a palavra que sai da boca da mente
é a marca de um coração ausente.
Trava que azinhavra o poema,
e não passa de simples algema.
Blasfemo, gemo e solto meu grito extremo.
Tua palavra sistêmica
jamais prenderá minha alma polêmica.
Não vou parar de falar!
Não vou esperar o tempo certo de escrever!
Pois apenas em tua escravizada mente
existe esse inconveniente.
Meu tempo é agora!
Minha palavra é hoje!
E se não consegues dar valor, penses bem,
pois não tens é qualquer sentimento de amor.
Porque a minha palavra
não é simples garrancho em papel.
Palavra é ato, é céu.
Palavra é o que sou,
tudo que me restou.
Autora: Regina Araujo
Contato: regina.araujo.escritora@oi.com.br
Blog: http://muraldosescritores.ning.com/profile/ReginaAraujo
Concurso: Concurso Toma la palabra, toma el mundo - 2012
Organização: Assembleia Popular Paseo de Extremadura - Espanha
Classificação: Seleção para publicação
lavas de um vulcão em furor nas mãos do lapuz.
Palavras são esquecidas por aquele que maltrata,
e eternamente vividas pelo que recebe a chibata.
Palavra não tem polaridade.
Pode ser bem ou mal usada
independente da idade.
Há os que a têm em sua boca,
Mas não a mantém em seu coração.
Palavras dão vida e matam
àqueles que as acatam
seja por vontade ou coação,
liberdade ou submissão.
Palavra é fogo que gera luz
e loucura da indignação que produz.
Palavra é o jardim florido que fala por si mesmo
e também o canhão que explode a esmo
deixando deserto os escombros da vida.
Palavra amadurece, enlouquece, salva e seduz...
A palavra tem muitas funções.
Depende mesmo é do sentimento
que há em nossos corações.
E este é o único elemento
que a palavra não inventa.
Ela pode ser usada em qualquer situação,
e até mesmo o seu silêncio, tem definição.
A palavra carrega o cheiro do ódio,
e espalha pelo ar o perfume da imensidão.
Eu não tenho palavras
para expressar minha felicidade,
nem tão pouco para conceituar a maldade,
seja como doença ou característica de personalidade.
Um Homem que não tem palavra
é um nada perdido na vida.
O Homem que emudece de palavra
deixa se esvair no vento
o sentimento de profunda acolhida.
Palavra é arma que faz nascer ou morrer,
e quem não conhece seu verdadeiro poder
não visualiza seu darma.
Há os que usam a palavra
como exercício de auto-sugestão.
Ato de pura ilusão
de quem no fundo é meramente
um Homem sem-palavra,
pois a palavra que sai da boca da mente
é a marca de um coração ausente.
Trava que azinhavra o poema,
e não passa de simples algema.
Blasfemo, gemo e solto meu grito extremo.
Tua palavra sistêmica
jamais prenderá minha alma polêmica.
Não vou parar de falar!
Não vou esperar o tempo certo de escrever!
Pois apenas em tua escravizada mente
existe esse inconveniente.
Meu tempo é agora!
Minha palavra é hoje!
E se não consegues dar valor, penses bem,
pois não tens é qualquer sentimento de amor.
Porque a minha palavra
não é simples garrancho em papel.
Palavra é ato, é céu.
Palavra é o que sou,
tudo que me restou.
Autora: Regina Araujo
Contato: regina.araujo.escritora@oi.com.br
Blog: http://muraldosescritores.ning.com/profile/ReginaAraujo
Concurso: Concurso Toma la palabra, toma el mundo - 2012
Organização: Assembleia Popular Paseo de Extremadura - Espanha
Classificação: Seleção para publicação
Nenhum comentário:
Postar um comentário