A JANELA DA LIBERDADE (Poesia de Solane Gonzaga Pena Passos)

Sonhei: Abrindo a janela da liberdade.
Senti-me livre, criança...
Pena que isso só o espírito alcança!
Pois voar em sonho não é o meu ideal.

Eu sou jovem,
Quero aprender a viver a vida material,
Crescer para merecer o sublime, o espiritual.

Criança eu já fui, adulta um dia serei.
Fico sentindo-me perdida,
Escondendo-me da vida,
Atrás de uma máscara que eu mesma criei.

Enquanto isso a vida rola, o tempo voa.
A juventude passa...
E eu?
De braços cruzados sofrendo à toa!

Eu quero me libertar dessa prisão.
Não mais prender o sorriso,
Preencher de amor meu coração.

Eu quero penetrar no íntimo de outra existência.
Sentir o milagre do amor,
Transformá-lo em páginas de minha vivência.

Eu quero acreditar na inocência,
Ser capaz de amar sem julgar a aparência.
Que os homens se preocupem apenas com a essência.

Que a paz seja uma lei sagrada.
Que o ódio não exista,
Só o amor; mais nada...

Eu preciso ser despertada.
Sonhar é bom para quem tem uma vida sacrificada.
Porém, a realidade mostra que ainda há vida.
Que o mal existe, mas o bem a torna redimida.

Senhor, mostra-me o caminho que devo seguir.
Ensina-me a ser forte para saber o ódio destruir.
Cubra seu mundo de bênçãos, salva-nos da maldade.
E abra para sempre, aos que sonham, a janela da liberdade!







Autora: Solane Gonzaga Pena Passos
Contato: solanepassos@gmail.com
Blog: https://profiles.google.com/solanepassos

Concurso: Concurso SESC-DF Carlos Drummond de Andrade de Poesias - 2004
Organização: SESC - DF
Classificação: Seleção para publicação

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